O caderninho de receitas, repleto de rabiscos e anotações, passa de geração em geração entre as mulheres do agro. Nele está a cultura herdada dos colonizadores que chegaram ao Oeste do Paraná e iniciaram essa história de cooperação. E uma vez por ano esse sabor da roça é compartilhado com a comunidade no tradicional Café Colonial do Grupo Feminino da Copacol em Cafelândia.
O cardápio composto por mais de 70 variedades de alimentos fez mais de 1,3 mil pessoas prestigiarem a 14ª edição do evento realizado no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora Consolata, Padroeira de Cafelândia homenageada por uma das maiores agroindústrias brasileiras, a Cooperativa Agroindustrial Consolata. “Os trabalhos começam três meses antes para a produção dos doces, colhendo as frutas, organizando os ingredientes... tudo feito com muito amor e carinho para agradar nossos convidados. Trabalhamos de maneira intensa para fazer desse café uma tradição entre as mulheres do agro”, afirma Gelci Lúcia de Ré Motta, cooperada e integrante do Grupo Feminino há cinco anos.
Foram servidos pães, bolos, cucas, tortas salgadas, salames, embutidos, queijos e pastéis. Entre as guloseimas havia pudins, bolachas pintadas, doces de abóbora e sagu. As chimias e geleias com sabores de uva e vinho, limão siciliano, pera com espumante, maracujá, mexerica e abóbora deixaram os visitantes com água na boca. Outra grande atração do evento foi a polenta brustolada com a fortaia: receita tradicionalmente italiana a base de linguiça, ovo e queijo. O preparo dos tachos de polenta ficou por conta da Cleuza Viel, que também esteve servindo os convidados durante todo o Café Colonial. E o segredo é ter disposição para deixar o prato ainda mais saboroso. “Polenta é comigo mesma: são três horas a cada panelada para deixar a polenta bem cozida, mexendo sem parar. É uma alegria, uma satisfação participar do Café Colonial”, afirma a integrante do Grupo Feminino de 74 anos, que esbanja força e animação.
Para esquentar o dia friozinho teve muito café, leite e chocolate quente, além de sucos de laranja e laranja com hibisco. “É gratificante ver a comunidade participando e prestigiando nosso café. É uma satisfação muito grande. É como se estivéssemos recebendo visitas em nossa casa”, destaca Márcia da Cruz, também integrante do Grupo Feminino da Copacol.
CONFRATERNIZAÇÃO
Muito além do sabor de pratos típicos, o Café Colonial do Grupo Feminino da Copacol se tornou uma grande confraternização da comunidade: as famílias se reúnem, conversam sobre os mais diferentes assuntos, e reforçam os laços de amizade. O evento proporciona momentos de descontração entre as gerações que formam a Cooperativa e valoriza o produto do agro. “Ficamos muito felizes com o resultado, depois de tanta dedicação das mulheres que participam das atividades. Com o resultado do evento realizamos ações de capacitação das mulheres do campo, além disso, fazemos a confraternização anual. Quero agradecer a todos que prestigiaram o evento”, diz a coordenadora do Grupo Feminino da Copacol de Cafelândia, Maria Aparecida Pansiero.
60 ANOS
O diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol, e a esposa e secretária de Educação de Cafelândia, Rozane Dal Molin Pitol, prestigiaram o Café Colonial. A edição do evento marca também um momento especial para a Cooperativa: os 60 anos de fundação. “Estamos em um momento de comemoração pela nossa história de muitas conquistas e superação de desafios. Os Grupos Femininos estão implantados nos municípios de atuação da Cooperativa proporcionando a integração das famílias, onde todos participam da evolução da empresa: cooperados, esposas e filhos. O Café Colonial é uma tradição que demonstra nossa cultura e a força da mulher do campo”, afirma Pitol.
Força da mulher do campo em mais um Café Colonial
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