Cuidar da alimentação dos animais no período do pré-parto, assim como em todo o período de transição, é de suma importância para bons resultados futuros. Os animais passam por grandes alterações fisiológicas e metabólicas nesta fase, em preparação para o parto e a própria lactação. Nesse período a demanda energética e proteica aumenta, por contraponto o consumo cai, colocando em risco o balanço energético, desenvolvimento fetal e por consequência a futura produção leiteira, sendo assim é de extrema importância controlar a densidade energética da dieta e acompanhar o escore corporal dos animais (ECC).
O conhecimento sobre a relação entre nutrição balanceada e a reprodução dos animais pelos produtores vem de longa data. Entretanto, estudos atuais trazem novas perspectivas e informações mais detalhadas desta relação que, segundo alguns pesquisadores, problemas nutricionais são a terceira principal causa de perdas gestacionais, onde 30% delas ocorrem sete dias após o estro, ou seja, logo após a fecundação e durante o processo de implantação. Sendo assim é indispensável ajustes contínuos nas dietas com o intuito sim de aumentar a produção porem mantendo e melhorando a reprodução desse rebanho.
Dentre os inúmeros fatores envolvidos com a queda de fertilidade ou redução na qualidade embrionária em bovinos os índices de escore de condição corporal (ECC) tem grande prevalência, problema esse que pode ser reduzido com alguns ajustes nutricionais, adaptando os níveis energéticos e proteicos a cada fase/demanda nutricional dos animais; principalmente em épocas de redução de temperatura e índices de chuvas, reduzindo pastagens e a qualidade das mesmas, sendo esse nosso cenário atual e futuro dos próximos 4 meses, onde devemos redobrar a atenção nas quantidades e qualidade dos alimentos fornecidos no cocho.
Quando se fala em avaliação de ECC a escala mais difundida é avaliada em escores de 1 a 5, onde são classificadas de acordo com a condição corporal em geral do animal; a mesma pode ser feita apenas visualmente, seguindo alguns pontos de referência, ou através de instrumento, que avaliam angulação exata.
Através desses dados, pesquisas revelam que vacas com ECC entre 3,25 e 3,75 ao parto tiveram melhor desempenho não somente na fertilidade, mas também na produção leiteira; informam-nos ainda que ECC muito alto das vacas no final do período pré-parto podem aumentar mortalidade embrionária, e a perda abrupta de ECC nas primeiras semanas do pós-parto, pode provocar baixo teor de fertilidade, reforçando assim a importância de manter um escore intermediário na faixa de 3,25 e 3,75 para se obter os melhores índices.
Ao manejarmos animais de alta produção leiteira, é evidente que a suplementação nutricional deve ser maior, pois a demanda de mobilização de reservas nas primeiras semanas pós-parto é superior, quando a dieta não atende a necessidade do animal, ocorre a rápida perda de peso e de ECC, o que o submete a variações metabólicas nos folículos, reduzindo a mínimas as taxas de prenhes desses animais.
Por outro lado, o excesso de proteína na dieta afeta diretamente a reprodução, por provocar efeitos diretos no ambiente uterino diminuindo o Ph na fase lútea inicial, impossibilitando a fixação do embrião, mostrando assim a importância novamente da correlação entre a dieta ideal com a reprodução em diferentes épocas do ano e fases produtivas dos bovinos.
No contexto alimentar surge um assunto de extrema importância, considerado um problema de abrangência geral e constante, conhecido por Vazio Forrageiro. Esse processo ocorre duas vezes ao ano, nas transições de estações durante os meses de março e abril (de forma mais intensa) e nos meses de setembro e outubro, onde proporciona uma deficiência de pastagens de qualidade bem como de quantidade. Decorrente disto gera um desequilíbrio na produção, levando a uma troca brusca na alimentação desses animais, prejudicando a sanidade do rebanho, resultando na queda da produção, tendo como reflexo o impacto econômico ocasionado pela falta de produtos para o comércio diminuindo o giro econômico da região.
O estudo realizado apresentou nos comparativos dos anos 2016, 2017, 2018 uma média de redução na produção de 20% no intervalo de janeiro a junho; indicando que a região/produtores deixaram de faturar aproximadamente R$ 214.677,33/semestre; o que certamente está ligada à carência de manejo adequado na alimentação animal.
Para minimizar o problema existem algumas alternativas como: silagens, fenos, suplementação com concentrados, escalonamento de plantio das pastagens anuais, a utilização de pastagens perenes, reorganização e redistribuição de piquetes para melhor uniformidade, identificação do momento exato da roçada das gramíneas, todas realizadas sob orientação técnica; já para os animais, o foco está na elaboração de dietas, sem exceder gastos, ou faltar alimento em alguns períodos do ano; o cálculo da área necessária de pastagens em sistemas extensivos e semi-intensivos; todas as alternativas, preferencialmente associadas, trazem ao produtor uma uniformidade de renda e também de sanidade dos animais.
A criação de bezerras jovens em uma fazenda de leite é extremamente importante. Boas bezerras vão se transformar em boas vacas, com boa produção de leite, saudáveis e com longevidade. Todas essas características positivas na idade adulta começam com o bom manejo das bezerras jovens, principalmente nos 2 a 3 primeiros meses de vida. Um manejo inadequado nessas primeiras semanas de vida geralmente está associado ao um alto índice de mortalidade e de doenças durante esse período. Esses problemas irão acarretar uma menor produtividade do rebanho como um todo.
É comum observar bezerras sendo desmamadas a partir de um único critério - idade: 1, 2 ou 3 meses de vida. No entanto, dependendo do manejo realizado até então, é possível que elas não consigam ingerir quantidades suficientes de alimento sólido e se sustentar sem o leite. Logo, desmamá-las a partir do critério idade pode ter consequências graves, já que bezerras subnutridas são mais susceptíveis às doenças e, consequentemente, à morte.
Os principais critérios para a desmama são consumo de alimentos sólidos - mais especificamente concentrados - e peso.
Bezerras que iniciam o consumo de alimentos sólidos mais cedo podem ser desmamadas mais precocemente do que aquelas cujo consumo é muito baixo, A desmama precoce traz como vantagens a redução do período de dieta líquida, o que diminui o tempo gasto com mão de obra para o fornecimento de leite aos bezerros e diminui os custos com a alimentação destes animais, já que o leite é mais caro do que alimentos sólidos, as características do concentrado oferecido à bezerra são muito importantes para que se otimize este processo.
Já falamos sobre a importância da mineralização no rebanho leiteiro, Pré parto, Capacidade absortiva e que a Boa alimentação gera resultados. Para que tenhamos resultados com as dicas anteriores precisamos conhecer as fases alimentares das vacas leiteiras, pois a necessidade (requerimento) em cada fase muda.
1. Início de lactação - 0 a 70 dias, pico de produção de leite.
2. Pico de consumo de alimento - 79 a 140 dias, declínio da produção de leite.
3. Metade e final da lactação - 140 a 305 dias, declínio da produção de leite, gestação
4. Período seco - 60, em alguns casos 40 a 14 dias antes da próxima lactação, gestação
5. Transição e período pré-parto - 14 dias até a parição.
É muito importante que conhecemos estas fases, assim será fornecido corretamente o volume de matéria seca, proteína, energia e suplemento mineral. O fornecimento correto trará mais resultados para a produção, melhor índice reprodutivo, menor índice de retenção de placenta, melhora no sistema imunológico e com tudo isto teremos melhor produção de leite.
Em vacas leiteiras, a mineralização tem como prioridade a melhora no desempenho reprodutivo, que consiste na diminuição do intervalo entre partos e aumento na taxa de concepção. Além dos efeitos na reprodução, a suplementação aumenta a produção e melhora a qualidade do leite, reduzindo a contagem de células somáticas.
Os minerais com maior influencia na função reprodutiva dos animais são:
A deficiência de mineral afeta de forma significativa a função reprodutiva de vacas leiteiras, entretanto a carência e ou excesso de minerais nem sempre desenvolvem sinais clínicos, apresentando-se geralmente na forma silenciosa, ou seja, subclínica.
Recomenda-se que os minerais sejam fornecidos associados a concentrados ou suplementos, pois o consumo normalmente utilizado pelos criadores, não alcança níveis adequados.
Porque trabalhar com um alimento específico no Pré-Parto? Nesta fase ocorre situações muito importantes para o sucesso da lactação da vaca:
A alimentação adequada no pré-parto permite que a vaca expresse o máximo do seu potencial produtivo através:
O precoce desenvolvimento ruminal de bezerras permite o melhoramento de uma importante característica do trato digestório de ruminantes: a capacidade absortiva.
Para que isso aconteça de forma eficiente é necessário o correto fornecimento de alimento sólido de qualidade (ração), pois o consumo promove um melhor desenvolvimento ruminal comparado a outro alimento sólido.
Objetivos para criação de bezerra:
O leite é uma das melhores fontes de cálcio disponível. Por isso, este alimento é essencial para a saúde dos ossos e dentes e seu consumo irá prevenir a osteoporose (doença que enfraquece os ossos).
Além disso, a bebida pode contribuir para a perda de peso, proporciona bem estar e ainda prevenir diabetes tipo 2. O alimento é um aliado de quem pratica exercícios físicos e é especialmente necessário na infância e adolescência, mas importante até a terceira idade.
Na pecuária leiteira moderna a nutrição animal é de relevada importância. Além de ser responsável pela maior ?fatia? de custos individuais da atividade, é por meio do manejo correto que o desempenho dos animais pode ser potencializado, alinhado ao fornecimento direto e adequado de nutrientes.
Em um cenário de desafios econômicos, principalmente no que tange à alimentação, é primordial o uso de estratégias que visam profissionalizar o manejo alimentar, resultando em maior eficiência no processo.
No entanto, essa prática só pode ser bem sucedida se a qualidade de nutrientes fornecidos e ingeridos atendam as necessidades dos animais. Por isso, nós das rações Bovimais Copacol, conhecedores de nutrição animal e pioneiros em qualidade de produção de alimentos para produção animal, dispomos de produtos que melhorar a eficiência produtiva da atividade leiteira, gerando um melhor custo benefício.