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25/03/2013
Planejamento de forragens

Planejamento de forragens
Um dos maiores problemas encontrados nas fazendas de pecuária é a falta de planejamento de forragens. Isso gera incalculáveis prejuízos à produção animal e à rentabilidade do sistema. Forragens são a base da alimentação de ruminantes e são geralmente a fonte de nutrientes de custo mais reduzido, comparado aos alimentos concentrados. O planejamento de forragens deve visar o ajuste da produção com a necessidade do rebanho.

Para saber a necessidade de forragem do rebanho, é preciso conhecer a composição do mesmo, o peso médio das categorias, os componentes das dietas e o período de suplementação. As exigências de consumo animal em diversas categorias são fornecidas em quantidade de matéria seca, daí a necessidade de saber a porcentagem de água de um alimento e de matéria seca para saber o que precisa fornecer.

Segundo o veterinário da Copacol Edilberto José Barbosa, são diferentes estimativas utilizadas para animais adultos e jovens em recria.

“Para os animais em recria, considere um consumo total de alimentos de 2,5% do peso vivo de determinada categoria. O consumo de forragem estimado será a diferença entre o consumo total e o consumo de suplementação concentrada (consumo de forragem = consumo total – consumo de concentrado). Todos esses cálculos devem ser feitos com base na matéria seca” explicou o veterinário.

Sabendo as necessidades de forragem por categoria, o próximo passo é calcular a necessidade de forragem para determinado período. No caso desse exemplo, foi considerado um período de 210 dias ou aproximadamente sete meses, período muito comum de suplementação de forragens correspondente aos meses de seca no inverno do Brasil central. O período de suplementação deve ser ajustado de acordo com o sistema de produção da fazenda.

Também é necessário realizar o ajuste da necessidade de forragens (tonelada de MS) com a produção de forrageiras da propriedade. Para saber a área produtora de forragem necessária, é preciso uma boa estimativa da produtividade da forrageira de escolha da propriedade e das perdas envolvidas na colheita e no processamento (ensilagem).