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11/01/2012
Estiagem provoca queda na produção de soja e milho

Estiagem provoca queda na produção de soja e milho
O clima quente e seco registrado em dezembro de 2011 foi o principal responsável pela queda de 20% para o milho e de 25% para a soja, conforme levantamento feito na semana passada pelo Departamento Técnico da Copacol em sua área de atuação.

A estiagem é o principal fator desta redução, e quando associada ao plantio antecipado, cultivares precoces, as baixas temperaturas no inicio do desenvolvimento da soja, chuvas pesadas na época do plantio e os problemas de manejo de solo também são fatores que contribuíram com a estimativa de queda.

De acordo com o engenheiro agrônomo, Ramiro Criveletto, do Departamento Técnico da Cooperativa, em algumas áreas as lavouras não sofrearam o impacto da estiagem devido às chuvas isoladas do mês de dezembro, mas em outras como na região de Universo, Palmitópolis e Formosa do Oeste, por exemplo, a previsão de queda na produção é mais acentuada.

Segundo ele, este ano teremos extremos de produtividades, áreas com produtividades excelentes e outras com drástica redução, típico de anos de La Ninã que se caracterizam por chuvas irregulares na mesma região e abaixo da média histórica.

Em alguns casos as perdas são irreversíveis mas os plantios mais tardios poderão apresentar uma boa produção se as previsões de chuva para o próximo final de semana se confirmarem, mas a cada dia que passa sem precipitações a previsão de queda aumenta.
“Não se trata de uma queda de produção igual a registrada na safra 2008/2009, isso porque a predominância de plantio de cultivares mais adaptados e mais tolerantes ao estresse hídrico contribuem para perdas menores”, salienta.

Já em relação ao milho, mesmo chovendo o potencial produtivo e perdas pela estiagem já estão definidos, mas mesmo assim em muitas áreas a produção será muito boa, com algumas áreas sendo superior a 400 sacas por alqueires. Ramiro lembra que os meses de outubro e novembro foram excelentes para o milho, com as temperaturas noturnas mais baixas e com boa disponibilidade de água no solo, mas o forte calor de dezembro prejudicou a estimativa de produtividades recordes para o milho na região da Copacol.