27/07/2020
Agricultores de pequenas propriedades protagonizam no cenário econômico nacional
Por mais pequenas que sejam, as propriedades rurais ganham notoriedade em todo o País. Mesmo sem jamais ter pisado em uma, você também tem relação direta nesta atividade que garante a alimentação na mesa dos brasileiros, renda nos centros urbanos e a participação do Brasil no mercado internacional. Seja nos alimentos da sua geladeira, no combustível do seu carro ou até mesmo em suas roupas - sempre há participação de uma peça fundamental no processo de fabricação: o agricultor.
O trabalho direto com a terra sofreu por muitos anos pelas dificuldades e até pelo preconceito – atualmente o agronegócio é referência em tecnologia de ponta. Na próxima terça-feira comemora-se o Dia do Agricultor, reconhecido pela dedicação e amor à atividade. “A gente sentia vergonha em dizer que era agricultor. Hoje sentimos orgulho. Nosso trabalho é um dos mais importantes para a nossa economia. A atividade passou a ser valorizada a partir do momento em que o mundo entendeu a importância da produção de alimentos”, afirma José Deliberais, 77, agricultor em Formosa do Oeste, onde se dedica a produção agrícola e à avicultura.
Um terço do PIB (Produto Interno Bruto) do Paraná provém do agronegócio. É a principal atividade econômica do estado. O VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) paranaense no ano passado superou os R$ 93 bilhões. No cenário nacional, a importância do setor é constatada na balança comercial: o Brasil tende a exportar R$ 106 bilhões em 2020 em produtos que vêm do campo. A organização de todo o sistema por meio das cooperativas tem grande participação na valorização do homem do campo e também nos resultados econômicos. “A Cooperativa pra mim foi uma grande escola. A gente aprendeu nela a trabalhar no campo de uma maneira mais rentável. Antes, quando chegamos aqui no Paraná, era um trabalho feito todo no braço, muito difícil. Com o tempo, a Copacol abriu portas com novas tecnologias”, lembra José, que chegou a Formosa em 1960, acompanhado dos oito irmãos – cidade onde conheceu a esposa, Neide – com quem é casado há 54 anos – e criou os filhos.
INÍCIO DE TUDO
Com mais de 6 mil agricultores cooperados, a Copacol foi pioneira no oeste do estado – berço do agronegócio do Paraná. A conscientização de que a modernização da lavoura deveria progredir a passos largos tornou rentável cada palmo de terra. Além de grãos, os produtores são estimulados a diversificar a renda, por meio da avicultura, piscicultura, bovinocultura de leite e suinocultura.
Diante todas as dificuldades ocasionadas pela pandemia do Coronavírus, a agricultura garante a alimentação no mercado interno, geração de emprego e renda para as cidades. “Os agricultores dão um grande exemplo de força, de garra e de coragem. Faça chuva ou faça sol, o trabalho nas propriedades não para. Tivemos que nos adaptar uma nova realidade. Mesmo com tantas incertezas, os agricultores se mantêm firmes garantindo o alimento na mesa de milhões de pessoas”, ressalta Valter Pitol, presidente da Copacol.
VALORIZAÇÃO
Neste processo de modernização, os investimentos ocorrem porteira adentro e também do lado de fora. Para garantir agilidade no armazenamento de grãos, a Cooperativa investe em melhorias nas unidades de recebimento de Cafelândia, Nova Aurora, Jesuítas, Formosa do Oeste, Iracema do Oeste, Palmitolândia (Tupãssi), Universo (Nova Aurora) e Pranchita. Os benefícios são sentidos já nesta colheita do milho. Além disso, a Copacol avançou em abrangência, passando a atuar também com unidades no sudoeste do Paraná, em Pérola do Oeste, Planalto, Capanema, Conciolândia (Pérola) e Pranchita – a área agrícola contempla 60 mil hectares. As obras do novo Centro de Distribuição e Armazenagem de produtos frigorificados da Copacol, no Distrito de Penha, Corbélia, segue em ritmo avançado.
O mais recente investimento é o novo frigorífico de peixes em Toledo, que ampliará a capacidade de abate por parte da Cooperativa, atraindo novos cooperados ao sistema de integração. Com 25 anos de trabalho no campo, Renato Tonelli, 33, de Jesuítas, decidiu ingressar há um ano na piscicultura. Para ele, a expansão da Cooperativa garante maior participação, além de dar segurança de retorno na atividade. Com a atuação da Copacol, os pequenos produtores têm o retorno justo de todo o trabalho, motivo de muito orgulho para ele e a esposa Simone. “A Copacol ajuda muito os pequenos produtores e valoriza nosso empenho. O trabalho no campo não tem hora, mas é gratificante saber que o alimento que produzimos vai para o mundo todo.”