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04/09/2020
Condição climática será favorável à safra 2020/2021, aponta agrometeorologista

Prestes a iniciarem o plantio da safra 2020/2021, as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná apresentam previsões favoráveis para alta produtividade. A semeadura tende a começar a partir da segunda quinzena de setembro, quando há expectativa de curtos períodos de chuva até novembro – os volumes maiores serão registrados na região do cerrado, aumentando o prognóstico de uma safra satisfatória na área de atuação da Copacol.

A análise meteorológica é do engenheiro agrônomo e agrometeorologista, Marco Antonio dos Santos, sócio-proprietário da empresa Rural Clima, que participou de mais uma live transmitida pelo Canal Oficial da Copacol pelo Youtube. “A agricultura é uma indústria a céu aberto, exposta as condições climáticas. Apesar de não conseguirmos interferir nestas condições, é importante conhecermos o cenário em que estaremos expostos para planejarmos a nossa produção e implantarmos técnicas para reduzir riscos que o ambiente nos impõe”, afirma Tiago Madalosso, engenheiro agrônomo e gerente técnico da Copacol.

A live teve como proposta levar conhecimento aos cooperados sobre tendências climáticas do próximo ciclo produtivo que em breve se inicia, por meio de análises das variáveis na nossa região e também em outras áreas produtivas ao redor do mundo.

Nos Estados Unidos a seca intensa registrada afetou a produtividade da soja e do milho: isso causou efeito nas comodities, gerando recordes em preços dos grãos no Brasil.
Marco Antonio apontou durante a transmissão que as lavouras norte americanas apresentam condições ruins ou péssimas – a seca tende a continuar na região, com isso a produção deve cair de 388,6 milhões de toneladas de milho para 376 milhões de toneladas; em relação a soja a produção passou de 120,3 milhões para 118,6. Os norte-americanos tiveram redução de área plantada – a produtividade ainda é considerada bastante significativa.

TEMPERATURA
As temperaturas mínimas tendem a continuar mais baixas que o normal – sem riscos de geadas. Porém, tal alteração climática tende a influenciar no aparecimento de doenças e exigir maior cuidado do produtor na semeadura. “A germinação das sementes é prejudicada com temperatura do solo abaixo de 20ºC. O produtor deve investir em sementes de boa qualidade com alto vigor para um bom estabelecimento da lavoura. Com clima mais frio e úmido o risco de doenças como ferrugem é maior, visto que o Paraguai já está plantando a safra de soja – quando ela florescer tende a trazer à região estas doenças”, afirma Marco Antonio.

Caso a semeadura da soja aconteça até meados de outubro, o milho deve ser semeado até 25 de fevereiro. A orientação ao produtor é seguir a risca as orientações técnicas, o que tende a resultar em uma boa produtividade. “O produtor deve fazer o manejo na hora certa, usar boas sementes, boas tecnologias. A soja no Brasil tem tudo para chegar a 134 milhões de toneladas – acima do recorde anterior, de 124 milhões de toneladas”, diz o agrometeorologista.